No inicio deste ano decidi, finalmente, dar algum proveito à minha voz, pois sempre me disseram que ate tinha algum jeito, algo que nunca dei muita importância… até agora! Inscrevi-me no Conservatório de Música de Barcelos (antiga Academia de Música) em aulas de canto. Como o tempo não era muito, optei pelo “curso livre”, uma vertente mais “ligeira”, em comparação com as aulas de canto do curso básico/complementar. Como a minha formação em música é básica e, não tendo tempo para ter aulas de formação musical, estou um pouco limitado, no entanto, com ajuda e paciência da Professora Ana Rute Rei lá me vou safando…
Neste ano que agora terminou tive oportunidade de participar em vários projectos do Conservatório, desde o musical/ópera “A Sina de Carmen” dirigida pela Professora Liliana Coelho, como aqui já falei, Octeto CMB (a convite do José Fernando Vale fui substituir um dos elementos), audição final…
A música é sem dúvida uma das minhas grandes paixões e tenho pena de, para já, não ter mais tempo para me dedicar a ela. Espero, num futuro próximo ter mais tempo, mas por enquanto vou enganando este bichinho tocando e cantando no Grupo de Jovens e no Conservatório!
Estava eu sossegado na minha viagem matinal em direcção ao Porto quando, de repente, na rádio, oiço a notícia do dia... vai ser possível frequentar o ensino secundário sem que para isso se complete o básico. Pois é meus amigos, os alunos na idade limite escolar (15 anos) que ainda se encontrem no 8º ano podem passar directamente para o 10º!
“Mas que raio”... então se eles não adquiriram competências para completar o básico como vão conseguir entrar e frequentar o secundário, onde o nível de exigência é um pouco superior??? Quer dizer, pelo menos (e citando as palavras dos mais velhos) “no meu tempo” era! Normalmente são miúdos com algum tipo de carências e devem ser ajudados, mas não serão estas medidas que os vão tornar mais capazes, muito pelo contrário! A teoria do facilitismo impera.
Um governo que muito luta pela igualdade das pessoas, ou PSeudo-igualdade, uma vez que ao tomar medidas destas está a promover a desigualdade. Os que se empenham, à luz desta medida, são prejudicados pois também poderiam andar a divertir-se em vez de estudar... para quê estudar se depois se pode avançar um ano??? Os que não querem saber (salvaguardando casos excepcionais, onde o insucesso não é devido à falta de empenho) têm agora mais motivos para... não querer saber.
Mas isto serve para quê?? Para as estatísticas? Só para dizer que Portugal tem uma taxa elevada de população com o 12º ano? Mas no fim de contas este 12º ano equivale a quê? Se colocarmos, no futuro, um português com o 12º ano e um finlandês com o 9º quais serão os resultados??? Hummm....
Mas ainda assim, tenho as minhas dúvidas que alguém, sem o ensino básico consiga vingar no secundário... só se o secundário agora é básico!
A longo prazo e na minha humilde opinião, serão medidas devastadoras para este cantinho à beira mar plantado! Sendo a educação um dos grandes pilares de um país, a base de construção e evolução de um país, porque diabos se tomam medidas destas?!
Mas não é só, esta semana o Ministério da Educação tem estado particularmente activo. Escolas com menos de 21 alunos vão fechar! Porquê! Para reduzir custos??? Muitas delas, ao que parece, sofreram intervenções de requalificação nestes últimos anos, ou seja, dinheiro desperdiçado! Muitas destas escolas ficam no interior do país, onde se sabe, que o nível populacional e económico é inferior ao do litoral. As pessoas não vão ter dinheiro para sustentar despesas de deslocação, ou seja, as autarquias vão ter, obrigatoriamente, que subsidiar os transportes, o que quer dizer que a teoria economicista vai por água abaixo. Mas o mais engraçado é que tentam tapar o sol com a peneira dizendo que nestes estabelecimentos de ensino a taxa de insucesso escolar é elevada... pois é, agora imaginem essas crianças a fazerem quilómetros, horas por dia para chegar á escola e para chegar a casa... com certeza o (in)sucesso escolar vai aumentar!!!
Enfim... sendo eu católico apenas posso dizer... “Perdoai-lhes Senhor pois eles não sabem o que fazem!”
A culpa não é deles, mas de quem os colocou lá! Afinal compreendo o que li num blogue à tempos, este é um Portugal de Só-Cretinos... Ver Artigo de 4 de Junho de 2010 do Jornal I
SOCORROOOOOOOOOOOOOOOOO... Está a morrer... a educação está a morrer...! Façam alguma coisa por favor!
Desde cedo que tudo que esteja relacionado com a saúde, com a aventura me atrai! Sempre quis saber como reagir perante uma situação inesperada, como ajudar uma pessoa que de repente se sente mal. Por isso, acerca de dois anos, decidi tirar o curso de socorrismo, mais precisamente, Tripulante de Ambulância de Transporte, na Escola de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa (comecei por fazer um primeiro curso na faculdade, depois aperfeiçoei e jurei bandeira na CVP – Delegação de Aldreu).
Escolhi a CVP pois sempre a conheci como uma das melhores instituições para formação em saúde, principalmente no que diz respeito à emergência médica (sem menosprezar as restante, que no fundo tem a mesma base) e também por gosto e preferência institucional. A CVP é uma instituição humanitária de utilidade pública destinada a defender a paz, garantir o respeito pela dignidade da pessoa humana, menorizar os efeitos da guerra e a promover a vida e a saúde. Exerce a sua actividade em todo o território nacional como a única Sociedade Nacional da Cruz Vermelha e, fora do território nacional, no quadro do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, em qualquer local onde a sua participação seja relevante para a prevenção e reparação do sofrimento humano. Tem como áreas de intervenção o Apoio Social, serviços de Saúde (Hospital Cruz Vermelha), Socorrismo (emergência pré-hospitalar), Formação (académica), Pesquisa e Localização, Teleassistência, entre outros.
(Juramente Bandeira - Aldreu)
Desde 2008 que faço parte do grupo activo de voluntários da CVP - Delegação de Campo. Desde então já estive envolvido em várias situações, desde doenças súbitas, acidentes, apoios, cerimónias. Como em tudo, existem momentos felizes e outros menos. São sem dúvida experiências e aventuras marcantes, que não se conseguem explicar por palavras, mas que me satisfazem bastante e dão muito gozo.
No último domingo, a delegação a que faço parte, festejou o seu décimo aniversário. Sendo eu um dos benjamins do grupo, pois fui praticamente o ultimo a entrar para o corpo de socorristas, poucas foram as cerimónias que participei. Esta, não foi a primeira, mas foi das primeiras. Das celebrações constaram a atribuição de medalhas a colegas socorristas, instituições que nos têm apoiado, missa, simulacro (do qual fiz parte) e almoço convívio. Estiveram presentes várias personalidades, desde representantes das altas patentes nacionais da CVP, directivas, autárquicas da zona envolvente, representantes de diversas delegações. Da minha parte envio os Parabéns a todos que ao longo destes 10 anos foram contribuindo para o sucesso desta delegação e também da CVP nacional, esperando que possa contribuir com a minha ajuda para a continuidade desta nobre instituição.
Se quiserem saber mais sobre a Cruz Vermelha Portuguesa (estatutos, missão, serviços, ideiais, moviementos, etc...) podem consultar o site aqui.
A peça já lá vai... tudo que é bom acaba depressa! Foi sem dúvida uma experiência muito boa. As minhas expectativas foram, de longe, superadas! Dois dias de casa cheia... foi sem dúvida espectacular! Aventurar-me num mundo desconhecido (representação e dança) e um menos desconhecido (música) foi um desafio. Apesar de não ter um grande papel, serviu para ver a minha "capacidade de resposta", que, até achei satisfatória. Conheci pessoas novas, os meus companheiros de palco! Todos eles mestres de música, o que me fazia pensar o que é que faria ali! Todos eles foram fantásticos e acolheram este "estranho" (eu) de uma forma muito simpática e divertida. Obrigado pessoal!
Uma palavrinha para uns parolos que vieram do Porto para ver a peça... vocês não tinham mais nada para fazer??? ;)
Se não tiveram oportunidade de assistir e agora estão curiosos... azar! Não há mais representações! Mas, como agora estão na moda as petições... façam uma e nunca se sabe...
Nos próximos dias 13 e 14 de Maio, pelas 21.30h no Auditório São Bento Menni em Barcelos, decorrerá o espectáculo inspirado na obra de George Bizet, A Sina de Carmen, pelo Conservatório de Música de Barcelos. É um evento muito aguardado por mim, uma vez que vou fazer parte do “elenco”. Pela primeira vez, vou participar activamente num musical/ópera e por isso estou curioso para ver a minha prestação em palco.
Aconselho vivamente a todos a presenciarem este acontecimento, nãp por mim, mas pelo espectáculo em si!
Vai ser parecido com isto... ou não! Vão ver e espectáculo e depois digam alguma coisa!
Para além deste evento, o mês de Maio tem, para mim, mais motivos de interesse. É o mês da queima, mas este ano ainda estou a ponderar a minha presença no queimodromo, pois na serenata é certo! Mesmo assim deixo aqui ficar o cartaz da Queima das Fitas do Porto 2010!
Sem esquecer a Festa das Cruzes em Barcelos. Podem consultar todo o programa das festividades aqui.
Desde pequeno que a fantasia de tentar vivenciar o passado me fascina. Imagino como seria viver no “antigamente”, os comportamentos das pessoas, a educação, as crenças, as dificuldades, o dia-a-dia. Tenho especial predilecção pelos grandes acontecimentos, como é o caso da “Revolução dos Cravos”. Lembro-me, com saudade, dos colóquios e exposições que fui em criança e adolescente com a escola, de ouvir pessoas que vivenciaram “in loco” o momento, ou mesmo que o proporcionaram. Ficava fascinado com o que ouvia, via, lia... O teletransporte parecia funcionar em mim, de repente, estava em 1974 num piscar de olhos! A coragem das pessoas naquele dia, a força popular, a loucura do momento, o aparato militar, a “revolução de sentimentos” deve ter sido fantástica.
E a música de intervenção?... Ah...! Essa! A grande impulsionadora do dia! Sendo a música uma das minhas grandes paixões, poder ouvir hoje as músicas que passaram naquela altura, faz-me perceber a revolta e as dificuldades por que os portugueses passavam. Quem não conhece Zeca Afonso, Janita Salomé, Paulo Carvalho, Sérgio Godinho, Vitorino... São músicas que ainda hoje fazem sonhar e recordar a muita gente. Orgulho-me dos meus antepassados, do passado do meu país. Pena é que, hoje em dia, muito do que foi conseguido tenha sido desvirtuado, desrespeitado! Deixo ficar um vídeo relacionado com o 25 de Abril, assim como uma das minhas canções favoritas daquela época. "E Depois do Adeus" foi a canção que, na altura se pensou que, com a sua transmissão nos Emissores Nacionais Associados de Lisboa às 22:55h do dia 24 de Abril de 1974, serviu de senha para a saída dos militares dos quartéis, dando assim início à revolução de 25 de Abril de 1974 (daí a sua ligação com o acontecimentos, pois trata-se de uma balada, não tendo qualquer mensagem politica). A letra é de José Niza e a música de José Calvário, tendo sido escrita para ser interpretada por Paulo de Carvalho na 12ª edição do Festival RTP da Canção, do qual venceu e representou Portugal em Brighton, no Festival Eurovisão da Canção 1974. Acabou por se verificar mais tarde que foi de facto "Grândola, Vila Morena" que deu o "sinal" para a saída dos quartéis.
Mais um blogue que não tem propósito, não tem objectivos, que surge apenas, como muitos outros... porque sim! Criei este espaço porque me deu na "real gana", porque já o tinha pensado e nunca o tinha concretizado.
Aqui vou escrever sobre o que me apetecer... sobre o que gosto e o que não gosto, sobre o que sinto ou não, sobre o que penso, sobre ideais, sobre o mundo, sobre o universo! Sobre o que quiser, pois afinal de contas este blogue não tem interesse! É um espaço onde me vou exprimir, esperando nunca ser censurado. Não vai ser um portal de eloquência, de sabedoria, muito pelo contrário, pois não me revejo em nenhum desses patamares...
Espero que nunca me levem a mal...
Enfim não percam muito tempo com isto, pois não passam de devaneios meus...
Bem, para começar a aquecer, vou aqui falar de um tema, que confesso, me incomoda um pouco! Sendo eu uma pessoa de educação e ideologia Católica - Cristã, estas noticias que nestes últimos tempos preenchem todos os média sobre a "pedofilia na Igreja" chocam-me e repudio-as profundamente. Sinto-me mal só em pensar que este inexplicável acto desumano seja praticado, muito menos no seio de uma igreja/religião tão bela quanto esta. Mas para além disso, julgo haver sempre um aproveitamento das situações (quer esta ou outras que possam existir) para atacar a Igreja Católica. Decidi escolher este o meu primeiro tema, pois, estando hoje calmamente a vasculhar na minha caixa de email , fui ler um mail enviado pelo meu querido amigo, Professor José Fernandes, que trazia um texto de João César das Neves (que confesso não conhecer), publicado no D.N. de hoje. Até ler este artigo, senti-a que eu e muitas outras pessoas, estavam a ser injustiçadas, mas após a sua leitura tudo se acalmou! Afinal de contas, a Igreja Católica tem milhões de fiéis/crentes e, como em qualquer religião, qualquer local, qualquer momento, haverá sempre alguém que não seja digno daquilo que tem!
A seguir deixo este artigo com o qual, volto a dizer, subscrevo completamente. Espero que gostem. Abraço!
" Um dos fenómenos mais espantosos da história da humanidade é o ataque à Igreja. Esse processo, tão aceso estes dias, é sempre muito curioso. Primeiro pela duração e persistência. Há 2000 anos que os discípulos de Cristo são perseguidos, como o próprio Jesus profetizou. E cada ataque, uma vez começado, permanece. A Igreja é a única instituição a que se assacam responsabilidades pelo acontecido há 100, 500 ou 1500 anos.
Os cristãos actuais são criticados pela Inquisição do século XVII, missionação ultramarina desde o século XV, cruzadas dos séculos XI-XIII, até pela política do século V (no recente filme Ágora, de Alejandro Amenábar, 2009). Depois, como notou G. K. Chesterton em 1908, o cristianismo foi atacado "por todos os lados e com todos os argumentos, por mais que esses argumentos se opusessem entre si" (Orthodoxy, c. VI). Vemos criticar a Igreja por ser tímida e sanguinária, pessimista e ingénua, laxista e fanática, ascética e luxuosa, contra o sexo e a favor da procriação, etc. Mas o mais espantoso é que os ataques conseguem convencer-nos daquilo que é o oposto da evidência mais esmagadora. Os iluministas provaram-nos que a religião cristã é a principal inimiga da ciência; supersticiosa, obscurantista, persecutória do estudo e investigação rigorosos. A evidência histórica mostra o inverso.
A dívida intelectual da humanidade à Igreja é enorme. Devemos a multidões de monges copistas a preservação da sabedoria clássica. Quase tudo o que sabemos da Antiguidade pagã veio dos mosteiros. Foi a Igreja que criou as primeiras universidades e o debate académico moderno. Eram cristãos devotos os grandes pioneiros da ciência, como Kepler, Pascal, Newton, Leibniz, Bayes, Euler, Cauchy, Mendel, Pasteur, etc. Até o caso de Galileu, sempre citado e distorcido, mostra o oposto do que dizem. Depois, os jacobinos asseguraram-nos que a Igreja é culpada de terríveis perseguições religiosas, étnicas e sociais, destruição cultural de múltiplos povos, amiga de fogueiras e câmaras de tortura, chacinas, saques e genocídios. No entanto, a evidência de 2000 anos de história real de cristãos concretos é de caridade, mediação, pacifismo. Tudo o que o nosso tempo sabe de direitos humanos, diplomacia, cooperação e tolerância foi bebê-lo a autores cristãos. A seguir, os marxistas vieram atacar a Igreja por ser contra os proletários e a favor dos ricos. Quando é evidente o cuidado permanente, multissecular e pluricultural dos cristãos pelos pobres e infelizes, e as maravilhas sociais da solidariedade católica no apoio aos desfavorecidos.
Vivemos hoje talvez o caso mais aberrante: a Igreja é condenada por... pedofilia. A queixa é de desregramento sexual, deboche, perversão. Mas a evidência histórica mostra que nenhuma outra entidade fez mais pelo equilíbrio da sexualidade e a moralização da vida pessoal da humanidade. Mais uma vez, o ataque nasce do oposto da verdade. Serão as acusações contra a Igreja falsas? Elas partem sempre de um núcleo verdadeiro. Houve cristãos obscurantistas, persecutórios, cruéis, injustos, luxuosos, como hoje há padres pedófilos. Aliás, em 2000 anos de história, e agora com mais de mil milhões de fiéis, tem de haver de tudo. A distorção está na generalização ao todo de casos particulares aberrantes. Não sendo tão má quanto o mito, a Inquisição foi péssima. Mas a Inquisição não representa a Igreja e a própria Igreja da época a condenou.
Os críticos nunca combatem os erros, sempre a instituição. Hoje não se ataca a pedofilia na Igreja, mas a Igreja pedófila. A razão do paradoxo é clara. Cada época projecta na Igreja os seus próprios fantasmas. Ninguém atropelou mais o rigor científico que os iluministas. Ninguém foi mais sangrento que os jacobinos. Ninguém gerou maior pobreza que os marxistas. Ninguém tem mais desregramento sexual que o nosso tempo. O ataque à Igreja é uma constante histórica.
A História muda.
A Igreja permanece.
Porque ela é Cristo.
Dela é a nona bem-aventurança: "Bem-aventurados sereis quando vos insultarem e perseguirem" (Mt 5, 11)."
No inicio deste ano decidi, finalmente, dar algum proveito à minha voz, pois sempre me disseram que ate tinha algum jeito, algo que nunca dei muita importância… até agora! Inscrevi-me no Conservatório de Música de Barcelos (antiga Academia de Música) em aulas de canto. Como o tempo não era muito, optei pelo “curso livre”, uma vertente mais “ligeira”, em comparação com as aulas de canto do curso básico/complementar. Como a minha formação em música é básica e, não tendo tempo para ter aulas de formação musical, estou um pouco limitado, no entanto, com ajuda e paciência da Professora Ana Rute Rei lá me vou safando…
